Texto escrito pelo Rev. Paulo Martins de Almeida; após reconsagração do Templo em 17/abril de 2005 |
A história da Primeira Igreja Presbiteriana Independente de Santos começou com uma comissão eleita pelo Presbitério do Sul, composta pelos pastores Isaac Gonçalves do Valle e Eduardo Carlos Pereira juntamente com o presbítero Alberto da Costa, organizaram aos 15 dias de setembro de 1918 a 1ª Igreja Presbiteriana Independente de Santos. Uma Igreja a serviço do Reino de Deus cuja trajetória é pontilhada por lutas, por problemas, mas assinalada muito mais por grandes vitórias. O seu templo, privilegiadamente localizado, é um dos mais belos santuários da cidade de Santos.
Lembramos com orgulho do lançamento da pedra fundamental do edifício da Igreja Presbiteriana Independente, que encabeçava a notícia do jornal “A Tribuna” do dia 13 de outubro de 1923, o qual registramos aqui na íntegra, conforme foi divulgada há mais de 80 anos : “Consoante noticiamos, realizou-se hontem, às 12 horas, com grande brilhantismo, a ceremonia do lançamento da pedra fundamental do edifício da Igreja Prebyteriana Independente. O bello edifício que obedecerá a todas as regras da moderna architectura, será erigido num confortável terreno, situado na aprazível praça Belmiro Ribeiro, esquina da avenida Pinheiro Machado e rua Antônio Bento, devendo as obras ser atacadas com a maior presteza, achando-se já no local grande quantidade de material necessário para a sua construção. À hora marcada para a tocante ceremonia, presentes as autoridades civis e militares, muitas exmas, famílias, representantes da imprensa e muitas outras pessoas gradas, para esse fim convidadas, foi lavrada a respectiva acta, que todos os presentes assinaram. Após a acta, com jornaes do dia e várias moeda do paiz, foram encerrados em uma pequena caixa, que foi depositada na urna, sobre a qual foi colocada a pedra fundamental do referido templo. Por esta ocasião. O revdmo. Alfredo Borges Teixeira, digno reitor do Seminário Independente, de São Paulo, e que fora convidado para orador official, pronunciou uma brilhante allocução.” Aqui termina a nota sobre a cerimônia do lançamento da pedra fundamental do nosso templo, publicada no sábado, dia 13 de outubro, na página 3 do jornal “A Tribuna” que então estava no seu Ano XXX.
No dia 15 de novembro de 1924, ocorreu a consagração do templo. Uma placa retangular afixada ao lado direito de quem entra no santuário da 1ª IPI de Santos, se lê os seguintes dizeres: “Homenagem desta Egreja ao Rev. Isaac Gonçalves do Valle, seu pastor de 1917 a 1930, em cujo pastorado foi edificado este Templo” Graças à informação contida na homenagem, sabe-se que o belo edifício neoclássico foi inaugurado e conseqüentemente consagrado no decorrer dos 13 anos de pastorado daquele que foi o seu primeiro pastor.
Em 17 de abril de 2005 o santuário após passar por reformas, foi novamente reconsagrado. Na hora designada, descerrada a porta central, os membros da igreja, bem como os visitantes, que se amontoavam no átrio, adentraram o santuário e foram se acomodando até que os bancos ficaram totalmente ocupados. Então num ambiente festivo deu-se início o culto de gratidão a Deus, de acordo com uma liturgia muito bem elaborada para a ocasião. Da prece de consagração – proferida em uníssono por toda igreja – transcrevemos os seguintes trechos:
“Permite que este recinto que dedicamos ao teu serviço se converta em lugar do nosso renovado encontro contigo; que a alma desorientada encontra aqui a luz que há de iluminar-lhe o escuro caminho; que o coração desalentado, aqui se reanime e reconforte; que o espírito atribulado encontre aqui a suspirada paz; que todo o coração solitário sinta-se aqui entre irmãos. Guarda-nos Senhor, do culto formalista, do louvor de lábios, da adoração hipócrita, da piedade farisaica.
Fortalece-nos dia após dia, vivifica nossas almas, ajuda-nos a perseverar nos teus santos caminhos até que desponte o glorioso dia em que todos os homens haverão de reconhecer o senhorio de Cristo e, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho dos que estão no céu e na terra, debaixo da terra e toda a língua confesse, finalmente, que ele é o Senhor. Então como igreja triunfante, em meio a incontável multidão dos que foram remidos pelo sangue do Cordeiro que foi morto, mas ressuscitou e vive para sempre. Glorificaremos o teu nome pelos séculos sem fim. Amém!”
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